terça-feira, 28 de abril de 2009

Pela educação: contra a crise e a privatização!

Algumas pessoas podem considerar o nome de nossa chapa extremamente prolixo e inadequado aos interesses da propaganda e da divulgação, no entanto, nós da Chapa 4 (SEPE na luta pela educação. Contra a crise e a privatização) entendemos que este nome traz condensado em si o ponto de vista defendido por nós em relação às tarefas a serem cumpridas por nosso sindicato na situação concreta na qual nos encontramos hoje.

Em primeiro lugar, a luta pela educação é aqui considerada como algo que vai muito além da defesa (fundamental, mas não suficiente) dos interesses da categoria dos profissionais da educação. Entendemos que a defesa dos educadores e educadoras é fundamental porque são eles e elas os sujeitos concretos que garantem o processo educacional e que serão a estrutura básica de qualquer superação da crise educacional contemporânea que precisará garantir, como direito básico e inalienável de todo cidadão, uma educação escolar pública, gratuita e de qualidade que possa funcionar como um suporte essencial para a transformação de nossa sociedade em algo digno de nossos anseios.

No momento preciso em que a crise econômica mundial vai aprofundando seus efeitos por todo o globo é fundamental defender e manter bem alta a bandeira dos direitos essenciais do povo. A elite do capital, responsável pelo desenvolvimento da crise, tenta usar o momento de desorientação para fortalecer suas posições econômicas e sociais às custas da precarização das condições de vida do povo, devemos, por nossa vez, ser capazes de enfrentar a crise e seus responsáveis com uma política ousadamente progressista e popular.

Podemos e devemos, seguindo as palavras do professor Demerval Saviani, defender a manutenção e a ampliação dos investimentos públicos em educação como um importante remédio contra o impacto recessivo da crise mundial. Mais investimento público em educação, desde a construção de unidades até a contratação de profissionais e elevação salarial, pode contribuir decisivamente para aumentar a atividade econômica como um todo e frear o avanço da crise.

Como expressão clara dos interesses da elite irresponsável e gananciosa que nos governa está, naquilo que nos diz respeito mais imediatamente, a orientação mais ou menos privatizante que os governos têm imposto na educação. Enquanto em Campos a prefeitura municipal transfere volumes imensos de recursos públicos para a iniciativa privada através do famigerado e clientelista programa de concessão de bolsas de estudo, ao lado da precariedade da educação pública municipal, no governo estadual e na prefeitura da capital carioca, a orientação é, em maior ou menor medida, permitir a transferência – integral ou parcialmente – da gestão da rede pública de educação a empresas ou organizações privadas da “sociedade civil”.

Este processo de privatização mais ou menos disfarçado da educação deve ser frontalmente combatido porque uma educação pública, gratuita e de qualidade, é um direito inalienável de nosso povo, e nós, sindicato dos profissionais da educação, devemos formar a linha de frente principal nesta luta. Estamos participando deste processo eleitoral porque temos a compreensão clara e a disposição necessária para nos colocarmos à altura da tarefa que o momento exige daqueles que buscam representar, organizar e mobilizar a categoria dos educadores e educadoras. Venham conosco!

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